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BE "perplexo" com ocupação das Arcadas e Avenida Central

COMUNICADO

O Bloco de Esquerda Braga vem por esta via manifestar perplexidade pela invasão desenfreada e exagerada do espaço público no local mais procurado pelos bracarenses: as Arcadas e Avenida Central.

A ocupação da principal sala de visitas da cidade por tendas cada vez maiores impede o usufruto do espaço público pelos munícipes e por quem visita Braga. O centro da cidade tornou-se numa feira e numa festa permanentes, cheio de obstáculos visuais e de barreiras à circulação.

O Bloco de Esquerda condena o modo desrespeitoso como é tratado o espaço público e toda a envolvente da Praça da República e da Avenida Central, nomeadamente no que diz respeito ao património edificado e natural do local.

O Bloco de Esquerda lembra ao executivo que a requalificação do antigo PEB, com a expulsão da feira semanal do recinto exterior e a remoção de todas as construções, foi fundamentada na necessidade de espaços ao ar livre para este tipo de eventos. A pergunta que se impõe é a de saber as razões que levam a concentrar no coração da cidade todo o tipo de atividade, havendo espaços criados para esse efeito. Além do espaço do agora designado Fórum Braga, ainda existe o espaço exterior do Estádio 1º de Maio.

Do ponto de vista urbanístico, é desejável que se criem outras centralidades. Tal como acontece noutras cidades, os habitantes podem usufruir de atividades em locais que não o centro, dando vida e dignidade a outras zonas da cidade. Além disso, a definição de novas centralidades e espaços de fruição públicos distribui o incómodo que toda a parafernália instalada, poluição visual e ruído inerente coloca aos moradores daquela zona, agora de modo quase permanente.

O Bloco de Esquerda constata que o número de eventos ao ar livre, cada vez mais opulentos e onerosos, tem vindo a aumentar e a prolongar-se no tempo. Se estas atividades visam estimular a vinda dos bracarenses ao centro incentivando o consumo no comércio local, ainda assim, é excessiva a ocupação e a frequência. Por isso, recomenda ao executivo municipal maior parcimónia na quantidade e no tamanho das atividades e que procure distribuí-las por outras zonas da cidade.