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BE propõe investimento de 300 milhões na reabilitação urbana no distrito

Rossio da Sé, em Braga
Imagem: Diário do Minho

O cabeça de lista do Bloco de Esquerda (BE) por Braga para as próximas eleições legislativas propõe um plano de investimento em reabilitação urbana no distrito de Braga, avaliado em 300 milhões de euros em dez anos. Aproveitando o cenário do Rossio da Sé, onde dão nas vistas dois belos edifícios degradados, do século XIX, Pedro Soares falou dos méritos do plano, em contraponto com o plano do Governo "Reabilitar para arrendar", que é «flop» eleitoralista.

O plano para uma década do BE prevê um investimento anual de cerca quatro milhões de euros para reabilitar edifícios degradados em todo o distrito de Braga. Pedro Soares começou por citar um estudo da Faculdade de Engenharia do Porto, segundo o qual existirão em Portugal cerca de um milhão e 500 mil edifícios degradados. E que a sua reabilitação implicaria um investimento na ordem dos 38 milhões de euros. «O programa do Bloco para a próxima década dedicaria cerca de 300 milhões de euros para o distrito de Braga. Incidiria sobretudo nas principais cidades do quadrilátero urbano, mas teria iria puxar pelo investitambém uma distribuição por todos os principais núcleos urbanos do distrito. Iria permitir uma reabilitação urbana, com influências no mercado de arrendamento. Também iria puxar pelo investimento privado, com benefícios para a indústria a montante e a jusante»

O cabeça de lista do BE por Braga, auxiliado por Paula Nogueira, Henrique Barreto Nunes e Manuel Carlos Silva, lembraram que a reabilitação urbana é um investimento que traz muitos benefícios para a economia em geral, nomeadamente na criação de emprego, a revitalização dos núcleos urbanos, combatendo a desertificação, na coesão social, na estética e no próprio turismo.

Henrique Barreto Nunes lembrou que os prédios são património, e recordou também um slogan antigo do BE que dizia "Tanta casa sem gente e tanta gente sem casa". Um slogan que, no entender do BE continua atual e que deve ser contrariado.

Questionado de onde viria o dinheiro, Pedro Soares explicou que seria 50 por cento do Banco Europeu de Desenvolvimento, 30 por cento pelo Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa e 20 por cento do Estado Português.

Críticas ao plano de Moreira da Silva

Pedro Soares aproveitou a oportunidade para criticar o programa governamental "Reabilitar para arrendar", que tem como rosto principal Jorge Moreira da Silva, cabeça de lista por Braga da coligação Portugal à Frente. Na opinião do BE, trata-se de um «flop», pensado a poucos meses das eleições e que tem uma verba irrisória de 50 milhões de euros.

 

(Notícia no Diário do Minho)