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Bloco quer cantinas escolares em funcionamento durante as férias

A Comissão Coordenadora Concelhia de Braga do Bloco de Esquerda promoveu, na manhã desta terça-feira, uma conferência de imprensa para exortar o Presidente da Câmara Municipal de Braga a reunir com os 14 presidentes de agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas, de forma a identificarem as crianças, jovens e famílias carenciadas, assegurando o funcionamento das cantinas escolares nos meses de julho e agosto.

Alexandra Vieira afirma que esta iniciativa visa “chamar a atenção para uma problemática visível que tarde em ter respostas”, propondo que a escola esteja na linha da frente da identificação das situações de carência e articule as respostas com as autarquias e a segurança social. “As entidades publicas devem procurar as pessoas, tem de saber onde estão e prestar o apoio necessário”, sublinha.

A deputada na Assembleia Municipal de Braga admite que os pedidos reduzidos que as escolas têm recebido pode ser justificado pela falta de informação dos encarregados de educação, pela dificuldade na recolha das refeições nas escolas por falta de transportes públicos. A dirigente bloquista refere, por exemplo, que a cantina Virar a Página serve cerca de 300 refeições, sendo ¼ delas destinada a crianças.

Paula Nogueira regista “grande surpresa e admiração pelo fecho das cantinas” e critica a Ação Social da Câmara Municipal de Braga, pelouro do Presidente Ricardo Rio, que “não está a analisar a situação com a gravidade que o problema acarreta”.

Segundo a dirigente concelhia, os serviços municipais “não têm a resposta mais assertiva” e apela a que “a CMB e os técnicos dos agrupamentos procurem uma solução que seja agregadora e que abranja todas as crianças do escalões A e B da ação social escolar” para este período de férias escolares. “Ninguém pode ir de férias descansada sem responder a estas questões”, afirma.

O deputado António Lima referiu ainda que, na reunião da Comissão de Ação Social da Assembleia Municipal de Braga, a Câmara terá informado que, apesar das cantinas estarem disponíveis, não havia pedidos. Esta informação foi recebida pelo representante bloquista com estranheza, “atendendo às inúmeras iniciativas da sociedade civil que estão em desenvolvimento”, salientando que a resposta a esta problemática deve ser institucional.